Scritto da Rafael Carreño
Sociedad Venezolana de Espeleología (SVE) http://www.sve-espeleologia.org.ve/
Federação Espeleológica da América Latina e do Caribe (FEALC) rafaelcarreno2004@yahoo.es Apartado 47.334, Caracas 1041-A, Venezuela

A espeleologia é um ramo recente da ciência encarregada de explorar, estudar e proteger o patrimônio subterrâneo constituído por cavernas horizontais e abismos verticais localizados em regiões cársticas, ou seja, em terrenos de rochas fraturadas e relativamente solúveis pela ação da água. Os espeleólogos abordam três áreas principais: a bioespeleologia, a geoespeleologia e a antropoespeleologia, além da imprescindível topografia das cavernas. Este ecossistema favorece o desenvolvimento de fenômenos ambientais únicos, que permite que os especialistas realizem freqüentes e notáveis achados, especialmente em países pouco explorados da América Latina e do Caribe. Durante os trabalhos que são desenvolvidos fora de suas fronteiras, os espeleólogos de outras nacionalidades podem inspirar algumas divergências que analisaremos a seguir.
Como em todo fenômeno social, dentro da disciplina da espeleologia existem diversas culturas organizacionais que diferem de um país para outro. Na atualidade, observamos que os espeleólogos que possuem maior rendimento topográfico e maiores órgãos editoriais, graças a uma certa abundância de recursos, se instituem pouco a pouco como uma espécie de autoridades supranacionais que filosofam sobre o que seria adequado para esta ciência nos outros continentes. Nesta dinâmica, os exploradores dos países desenvolvidos gozam de certas vantagens devido a sua credibilidade como atores de “categoria internacional”, e estas vantagens se refletem em seu tratamento em relação a colegas de outros lugares do mundo.
Durante as expedições estrangeiras na América Latina e em todo o mundo, os visitantes têm a responsabilidade de se comunicar previamente com a entidade nacional e com o delegado nacional perante a União Internacional de Espeleologia (UIS), antes da realização de uma expedição binacional. Este procedimento nem sempre é observado e às vezes ocorre que os espeleólogos locais mais experientes, bem como aqueles que foram eleitos em assembléias para representar sua comunidade nacional, tomam conhecimento da visita de algum grupo forasteiro depois da consumação da expedição e por meio de informações recebidas indiretamente. O conhecimento tardio a respeito de expedições estrangeiras vem acontecendo repetidamente em vários países da América Latina e, infelizmente, não se trata de uma casualidade ou de casos isolados, tratando-se, antes, de acontecimentos que se repetem há muitos anos. Não é necessário entrar em detalhes, sendo de rigor reconhecer algumas tendências gerais deste procedimento.
Em algumas ocasiões, pode parecer que a inconformidade dos espeleólogos locais perde o sentido quando são enviadas as topografias pertinentes por correio ou quando se oferecem alguns poucos boletins ao país visitado. Entretanto, e por mais que se pretenda simplificar, a situação é mais complexa, já que o assunto produzirá uma relação de desconfiança que afetará os futuros contatos. A opinião dos espeleólogos locais deve ser consultada muito antes da expedição –e não somente em cima da hora– e deve se estar disponível para que as decisões sejam tomadas em conjunto com a comunidade espeleológica nacional. Neste sentido, uma simples notificação demonstra uma ação unilateral. Com efeito, em nossas terras o unilateralismo não se tem limitado a assuntos geopolíticos ou econômicos, expressando-se sutilmente nas relações entre organizações ambientalistas não governamentais.
Ás vezes as atividades aparentam ser eventos compartilhados porque nelas se envolvem convidados nacionais de outras disciplinas científicas, naturalistas ou espeleístas ocasionais que não são formalmente espeleólogos, dando a entender que o trabalho desenvolvido seja bi-nacional, mas este procedimento inadequado é facilmente detectado pelas entidades espeleológicas, que sabem quem são os espeleólogos e os grupos realmente comprometidos co os trabalhos difíceis. Quando a representação nacional é precária as decisões tomadas em campo, abertamente ou disfarçadamente, aparentam serem assumidas entre ambos os grupos, mas são facilmente induzidas por os estrangeiros. Isto pode ter diversas repercussões, como, por exemplo, deteriorar as relações com as autoridades governamentais ou com autoridades das etnias em reservas indígenas, podendo culminar na interdição de uma área cárstica a qualquer outro espeleólogo que pretenda visitá-la posteriormente. Depois isto, o viajante estrangeiro sequer toma conhecimento das consequências negativas e os obstáculos que seus atos ocasionam.
A representação científica de um país não deve ser delegada a promotores de turismo ou a adeptos de adrenalina que gostam das explorações “extremas”, já que tanto uns quanto outros terminarão sendo coniventes com qualquer procedimento da expedição estrangeira a fim de serem incluídos em uma próxima oportunidade. Em geral, quem não demonstra motivação na exploração cotidiana, quem não mistura o suor com o barro nos condutos pouco promissores, terão pouco compromisso quando estiverem diante da oportunidade de participar de atividades mais atrativas. E isso é mais provável na medida em que se disponha de recursos, seja o transporte via helicóptero, seja a cobertura do evento por vídeo. Em geral, quando se envolvem canais de televisão ou outros patrocinadores reconhecidos, os oportunistas estarão mais atentos a aprovar qualquer procedimento em busca de receber fama, cordas, equipamentos de acampamento ou um pagamento. Esta situação lembra à barganha de ouro em troca de espelhos. Aquela tarefa de representar a preservação dos interesses patrimoniais passaria a ser uma segunda ou terceira prioridade, ou seria totalmente esquecida.
A necessária participação nacional deve ser delegada a uma entidade científica do país anfitrião, já que as atividades, que às vezes são promovidas como eventos esportivos -para evitar a necessidade de autorização- acabam sendo divulgadas em publicações científicas, e, como tal deveriam ser gerenciadas desde o começo. A experiência demonstra que uma instituição local é a que costuma cuidar, mais responsavelmente, para que os trabalhos se realizem dentro de critérios conservacionistas e haja respeito dàs normas vigentes. A isto se agrega o fato de que em muitos países latino-americanos, existem opções para interagir com uma espeleologia nacional madura e com décadas de experiência, a par da qualidade científica alcançada em outros continentes.
Depois de realizados os trabalhos espeleológicos transfronteiriços, as comunicações dos grupos forasteiros costumam auto-analisar sua gestão como positiva, já que, em geral, os trabalhos são impressos nestes países de maior desenvolvimento espeleológico. No entanto, na Federação Espeleológica da América Latina e do Caribe (FEALC), cada vez mais se receben queixas relacionadas com diversas iniciativas estrangeiras, de que é exemplo: Argentina, Bermuda, Brasil, Peru, Venezuela, etc., países explorados por terceiros uma ou várias vezes de forma unilateral. Neste procedimento geralmente estão envolvidos visitantes da Europa, e, à vezes, da América do Norte. Não se pretende detalhar casos particulares, já que as publicações dos grupos mais conhecidos do mundo à vezes evidenciam alguns de seus próprios procedimentos arbitrários.
Após do surgimento e a popularização da comunicação pela internet, os espeleólogos do Hemisfério Sul denunciaram reiteradas vezes uma série de experiências inadequadas, além de compartilhar opiniões semelhantes a respeito de operações unilaterais. Através de numerosos contatos, hoje se percebe um consenso para enfrentar a conduta imposta por uma parte dos espeleólogos transcontinentais.
O exposto acima não significa que para atuar a seu modo, exista um plano pre-estabelecido entre os diversos grupos viageiros, mas isto ocorre de fato e as coincidências entre um e outro caso costumam ser notáveis, especialmente em relação aos pretextos e apreciações subjetivas, que são argumentadas segundo suas conveniências. Suas palavras bem redigidas se limitam a citar documentos como a Carta de Casola e o Código de Ética da União Internacional de Espeleologia (UIS) para a exploração em países estrangeiros, onde propõem ao mundo atuar de modo respeitoso. Mas enquanto estes textos enunciam a intenção de atuar adequadamente, na vida real a gestão da UIS faz muito pouco para exigir uma melhor conduta daqueles que interferem com a espeleologia Latino-Americana. É por isso que este tema deve ser debatido mais amplamente em eventos e em congressos internacionais.
Perante expedições estrangeiras que se realizam sem a participação, ou com escassa ou não representativa participação nacional, as legítimas objeções das sociedades nacionais Latino-Americanas também se repetem décadas após décadas, e se repetem de uma a outra região no lado sul do continente americano. Estas inconformidades poucas vezes foram levadas em consideração pelos visitantes, geralmente ficando o acontecimento como um simples fato consumado. Se poderia questionar… já exploraram, já saíram do país, já publicaram… Para que o inconformismo? Além disso, não se deveria também agradecer aos protagonistas da incursão por fazer o trabalho que corresponde a os espeleólogos locais? Por fim, as críticas emitidas pelos nacionais costumavam ser pouco valorizadas, em geral não sendo sequer escutadas, sendo que a maioria dos visitantes esquecem rapidamente o ocorrido.
No entanto, a experiência diz que esta situação pouco a pouco va debilitando a harmonia da comunidade espeleológica mundial, o que, em longo prazo acabará repercutindo sobre os próprios espeleólogos transfronteiriços. Na América Latina são cada vez mais fortes as vozes que solicitam maior equidade nos trabalhos, e paulatinamente se vai fomentando um aumento do controle governamental perante a potencial ação unilateral dos países mais desenvolvidos. Isto pode ser facilmente realizado pela via legal, por meio da proteção do patrimônio cultural, genético ou mineral, para se exigir a necessidade da presença de especialistas locais por razões de interesse nacional e de soberania. Inclusive, com base neste último conceito –soberania– pode-se chegar a colocar em prática a expulsão das operações unilaterais através de autoridades policiais ou militares, como já ocorreu no Brasil, Cuba, Venezuela, México e em outros países. No entanto, é preferível evitar os extremos, desagradável para ambas as partes, especialmente quando os envolvidos participam na qualidade de voluntários.
Não obstante não se contemple no momento a importância da espeleologia dentro do tema da soberania nacional, e provavel que no futuro se considere que os assuntos sensíveis para as próximas décadas também guardam relação com o âmbito subterrâneo. Isto será particularmente certo à medida que se incrementa a avidez pelos muito abundantes recursos biológicos e minerais de toda nossa região, ou quando realmente começar a faltar água, como alertam os climatólogos. Quando isto acontecer, as explorações espeleológicas transoceânicas serão apercebidas de maneira distinta, já que uma parte de nosso patrimônio natural se encontra nas áreas cársticas. As atuais expedições sem consultas serão consideradas, no futuro, como uma interessada incursão prospectiva que analisa os principais recursos que mais interessam à indústria de outros continentes. Ou seja, devemos abandonar aquela ingênua percepção de que as cavernas seriam simples amontoados de barro, pedras e escuridão.
É preciso reconhecer que, na nossa disciplina, ocorre o mesmo que em outros ramos do saber: os dados primários fluem dos países mega-diversos –entenda-se América Latina– em direção aos centros de maior predomínio econômico. Talvez venhamos a ter conhecimento do que existe em nosso subsolo quando tenhamos que pagar regalias por patentes de velhas descobertas esquecidas por todos, situação na quais nossos países foram apenas um cenário no qual foram extraídas matérias-primas estratégicas.
O retorno da informação encontrada no neotrópico, e processada fora da nossa região, costuma ser tão escasso que poucas vezes os autores enviam publicações suficientes aos grupos Latino-Americanos para depositar, ao menos, em várias bibliotecas nacionais e universitárias dos países explorados. Poderíamos nos consolar com o advento da internet como ferramenta de consulta, mas este consolo somente seria válido se ao menos 10% da população tivesse acesso a esta fonte de informação, o que não ocorre nos países do Sul. Estas situações ocasionam certa dependência quando os estudantes desejam consultar algo –por exemplo, o cadastro espeleológico– e devem recorrer a organizações de outras nacionalidades para obter os dados de seu próprio país. Este desequilíbrio nas relações exploratórias, investigativas e de divulgação não poderá se reverter em curto prazo se ambas as partes –os visitantes e os espeleólogos nacionais– não entrarem num acordo, mas ao menos se deve exigir que os visitantes apóiem o fortalecimento da espeleologia no terceiro mundo, que não é uma “espeleologia terceiro-mundista”.
É preciso esclarecer que o que os espeleólogos locais costumam criticar não é o avanço científico impulsionado por outras latitudes –aspecto que não negamos aos visitantes e que abertamente valorizamos e agradecemos– mas não concordamos com as atitudes impostas e o intervencionismo dos fatos como às vezes ocorrem, em desfavor da espeleologia nacional. O avanço para a ciência não pode justificar certos processos de exclusão evitáveis.
Tampouco deve continuar a direcionalidade estrangeira, quando todos os parâmetros de uma expedição são selecionados do exterior como, por exemplo: as datas da viagem, o destino geográfico, as prioridades, a autoria das publicações, a extração de amostras de laboratório e inclusive lá fora se decide qual dos interlocutores locais são “válidos” para participar como contrapartida nacional. Neste último caso os estrangeiros procuram na América Latina os interlocutores mais complacentes ou os que não conhecem a relevância posterior das expedições. Isto tem ocorrido porque às vezes os espeleólogos da América Latina não souberam reclamar ativamente seu direito de participação, sendo certo que alguns sequer entenderam que esta participação nacional nas expedições não é um favor, antes constitui um autêntico direito. Sempre que se vai pisar um terreno virgem, como ocorre cotidianamente nas atividades subterrâneas, devem estar presentes os espeleólogos do país visitado.
Nos casos em que a decisão é tomada por quem paga os custos da viagem, é fácil imaginar qual dos lados verdadeiramente toma o controle da atividade: este ponto de vista materialista favorece aqueles espeleólogos provenientes das economias mais fortes, e, na mesma medida, relega experientes espeleólogos locais, não obstante estejam trabalhando em seu próprio país. Acreditamos que a aportação financeira de um trabalho transnacional é um argumento que deve ser considerado como parcialmente válido, mas não deve constituir o único critério a considerar. Todavia prevalecem àquelas atitudes de séculos anteriores em que os ambientalistas com mais disponibilidade de recursos virtualmente “compravam” os descobrimentos no neotrópico.
Em algumas situações a solidez econômica de uma das partes induziu a uma paradóxica inversão dos papéis: os visitantes chegam a um país e são eles que “convidam” os nacionais. Não é contra a lógica que os anfitriões venham de fora? Isto cria certa relação incômoda perante os exploradores do país visitado, que eventualmente não dispõem de tantos recursos, e com o tempo isto pode provocar o acúmulo de piores desentendimentos. Evidentemente essas diferenças não se mitigarão com o simples consolo de contemplar, de longe, o avanço da ciência.
Neste contexto, o papel espeleológico de alguns países latino-americanos tem sido passivo, tanto mais quanto maior é a necessidade de compartilhar experiências para impulsionar suas incipientes associações nacionais, é o caso de vários países da América Central que têm uma institucionalidade espeleológica recente e ainda débil. Nessas nações economicamente pobres foi fácil impor condições idealizadas fora da região, amparando-se nas carências materiais e no escasso domínio técnico do qual padecem alguns grupos emergentes. Mas ainda nestes casos de desvantagem, a co-participação segue sendo justa e necessária, levando em consideração os princípios altruístas da ciência, sem cair no paternalismo ou fomentar uma prolongada dependência interinstitucional.
No caso das varias mega-expedições realizadas na América Latina, torna-se difícil esperar que os estrangeiros aceitem o ponto de vista dos espeleólogos locais e entendam que eles mesmos não iriam tolerar –em seus próprios países de origem– que lhe fossem impostas desiguais condições de trabalho. Seguramente a Europa e América do Norte aceitariam grupos da Ásia, África ou da América Latina em suas regiões cársticas, mas só se sua presença fosse ocasional, e especialmente, se não se concentrassem em descobrir, sozinhos, as maiores e mais profundas cavernas do primeiro mundo. Ao contrário deste cenário hipotético, os espeleólogos do Sul não ambicionamos assumir esse papel colonial e competitivo –próprio da cultura pós-moderna– que se percebe entre alguns colegas do hemisfério norte.
As prioridades das outras latitudes não podem se impor em razão de um suposto progresso, já que a caça aos recordes, a vontade de superação mútua entre os grupos mais famosos, ou a busca de locais virgens –que tanto preocupa os grupos de vanguarda– não necessariamente é o que interessa a os espeleólogos do lado sul do planeta. As incursões organizadas às escondidas dos representantes nacionais costumam encobrir um elevado grau de competitividade, enquanto os espeleólogos latinos não esperam competir, e sim compartilhar sob a terra, num sentido mais humanista e conservacionista. Para isto é necessário estabelecer laços, ser flexível e cooperativo.
É o momento de esquecer a almejada acumulação de prestígio explorativo que buscam alguns colegas do norte e dar mais atenção à busca de uma verdadeira função social da espeleologia. Por acaso alguma aventura vertical melhorará as condições de vida da nossa população? Deve existir algo além do interesse individualista quando se busca a fama em cavidades tão maravilhosamente decoradas de estalactites. Entre outras coisas se deveria, por exemplo, estudar novas fontes de abastecimento de água subterrânea para ajudar a camponeses de zonas áridas que carecem de abastecimento por aquedutos. Ou seja, a América Latina hoje requer certas dinâmicas interinstitucionais –e outra cultura organizacional– filosoficamente muito distintas às demonstradas pela muito eficiente espeleologia globalizada. É questão de pensar nos motivos para uma nova espeleologia. O contexto mundial pode ter diferentes motivos em relação ao contexto local, mas nenhum dos dois detém uma hierarquia superior. A isto se denomina respeito.
Esperamos que estas páginas não sejam interpretadas como uma crítica xenófoba já que, anteriormente, e com muita freqüência, na Venezuela e em outros países da região, tivemos a oportunidade e o prazer de compartilhar muito amistosamente com respeitosos colegas de ultramar. As presentes objeções são dirigidas somente a alguns casos de unilateralismo. No nosso âmbito de trabalho, os que devem se adaptar e mudar um pouco não são os espeleólogos da casa, mas sim os exploradores visitantes. Os espeleólogos do norte, quando chegam ao sul, devem amoldar-se ás condições e opiniões que imperam em nossas realidades, inclusive quando não estejam totalmente de acordo com o procedimento nacional.
No fim das contas, nos países em vias de desenvolvimento os europeus e norte-americanos encontram os recursos que mais lhes interessam: …cavernas virgens que há tempos vão se tornando escassas em seus países de origem… Essas cavernas, que eles encontram facilmente con nossos, em nossas terras, são o ingrediente imprescindível da espeleologia. Não obstante parecer que os espeleólogos nacionais contribuem pouco, e, apesar de que os visitantes contriburem com maiores insumos estratégicos para uma expedição, nunca poderão oferecer esse ingrediente primordial que lhes motiva a planejar longas viagens.
Facilitar o ingresso em nossas cavernas a todo visitante interessado, será a contribuição do neotrópico em favor dos visitantes que aceitem compartilhar o trabalho subterrâneo e a produção editorial em igualdade de condições. A tendência da espeleologia latino-americanista não proclama o isolamento, mas, ainda que no mundo pareçamos uma voz minoritária, entendemos que no nosso amado território outra espeleologia é possível.

Publicado originalmente em español no Boletín de la Sociedad Venezolana de Espeleología 38: 61-64. Caracas, Dec. 2004. Soberanía espeleológica: ¿competir o compartir hallazgos bajo tierra? Translated by Carolina Anson, revisto por Fernando Henríquez e Augusto Auler, 21-6-06.

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